terça-feira, 23 de outubro de 2012

Desembargador Motta, 3574

Sabe qual é a sensação de fazer pela primeira vez alguma coisa que você sempre quis? Senti isso quando viajei sozinha para Curitiba, em julho deste ano. Recebi a oportunidade de desempenhar meu job lá no Paraná. Nunca tinha pisado no Sul do país, e sempre invejei o frio que faz por aqueles cantos. É claro que aceitei em milésimos de segundo! Foram só alguns dias, de quinta-feira até domingo: o bastante para recuperar a minha sanidade e vontade de viver, já que Recife e seus cidadãos, na época, estavam sufocando meu coraçãozinho. 

Foi uma experiência maravilhosa e por isso indico muito: viaje, nem que seja forever alone. É um baita remédio para a alma. E também aceite desafios sem pestanejar. Foi o que fiz: apresentei, pela primeira vez, o trabalho que venho fazendo apenas nos bastidores. Conheci meus importantes clientes e mostrei para eles meus conhecimentos de social media. Entendi mais o que eles esperavam de mim, da minha empresa. Conheci mais de mim mesma: o nervosismo ficou de lado quando falei de algo que fazia todos os dias e gostava muito. Respondi a dúvidas, ri com alguns achados do job e saí de lá morrendo de vontade de trabalhar mais ainda pelo que acredito.

A noite de sexta-feira, o sábado e a manhã do domingo foram os dias de turismo. Parecem poucos dias, mas com passeios planejados e otimização do tempo (para quê dormir mais de cinco horas, afinal?), tudo pareceu correr bem. Saí de lá pois era preciso, voltei para Recife com felicidade de reencontrar alguns amados. Tipo aquela célebre citação que é um filme: "viajo porque preciso, volto porque te amo". Isso nunca pareceu se encaixar tão bem no contexto daquele final de semana incrível com pessoas inéditas. 

Não tirei tantas fotos quanto gostaria, mas fiz uma seleção da viagem para vocês verem. O que mais me impressionou em Curitiba foi o planejamento de arborização da cidade. Fiquei completamente apaixonada pela limpeza das ruas, organização dos ônibus e demais serviços, e o verde que o lugar emanava a cada esquina. 

A dica para quem quer conhecer os principais pontos turísticos é pegar a Linha Turismo. Com ela, é possível conhecer os parques, praças, teatros, museus e demais atrações. Lembro que fiquei apaixonada pela Ópera de Arame, o Museu Oscar Niemeyer e o Jardim Botânico.



Meus momentos mais solitários: viajar no avião, conversando com estranhos que provavelmente nunca mais verei na vida, e devorar um café da manhã digno para um dia diferente de trabalho.


Essa foi a dica do meu cliente super fofo que almoçou comigo e com minha chefa. "The best burger in the world" é ousado no slogan, e tem realmente um sabor delicioso (e nem é tão caro). 



Pedacinhos do hostel que fiquei hospedada. Pimentinhas crescidas e quadrinhos bem feios na descida das escadas.


Alguém está vendo alguma coisa ali dentro? Esse é o chopp submarino, tomei lá no Schwarzwald - Bar do Alemão. Tem um canequinho ali, e no dia perguntei ao garçom se podia levar comigo. Ele foi bem sucinto e mandou olhar embaixo do canequinho, nem deu muita atenção. Estava escrito: "Este caneco foi roubado honestamente.". Morri de amores por esse lugar. 



  

Museu Oscar Niemeyer: espetacular. Quero voltar milhões de vezes!





Filho sendo abduzido no Jardim Botânico.




Essa florzinha amarela se chama amor perfeito. Sabia que encontraria um dia!


Uma das impressões que tive durante a viagem foi a demonstração inusitada de amor de algumas pessoas. Algo paradoxal: estou sempre aqui, nas ruas do Marco Zero, em casa fazendo home office, ou na faculdade. Quando viajo, eis que aparecem manifestações de amor puro - o que não ocorre com frequência na situação Aline no Recife. Sei que é extremamente corriqueiro mas, que tal colar na parede do quarto "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã."?

Em suma: indico viagens, Curitiba e chopp geladíssimo. 
E muito amor para quem merece.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A beleza se esconde na desordem

Ontem, como de costume, sai às pressas de casa para chegar à faculdade. Andei rápido e já comecei com meu habitual estresse diante daquele trânsito infernal. Pedestres também ficam bastante indignados com aquela agonia, é claro. Passei entre os carros parados, com cuidado para não vir uma motocicleta e me acertar em cheio. Sempre em frente. Só via as silhuetas dos outros pedestres, sem prestar muita atenção aos detalhes de cada um, só características básicas de uma observadora profissional como eu: uma senhora com sacolas nas duas mãos, um morador colocando lixo na rua (em horário errado devo salientar), um ciclista invadindo a calçada. Quando estava chegando à avenida Recife, o ônibus que passa na esquina da minha casa se aproximou (não pego esses locais pois demoram muito para passar). Pedi parada e ele deixou entrar, já que estava tudo congestionado mesmo. Lá dentro descobri que o ônibus tinha mudado de rota, então precisei descer na próxima parada, isto é, na esquina de casa.

Achei uma piadinha de mal gosto: depois de ter andado aquilo tudo, pensado na sorte ao subir no ônibus tão rapidamente e depois ter que descer para andar tudo de novo. Depois eu vi que meu azar valeu a pena.

Andando rapidamente pelo mesmo lugar de minutos atrás, vislumbrei aquela mesma senhora, a passos mansos, indo na direção contrária à minha. Passei por ela em segundos, e já estava a cinco passos de distância quando olhei para trás. A velhinha estava na calçada, ansiosa para atravessar a rua congestionada, mas temerosa com os carros desrespeitosos em cima da faixa de segurança. Não tinha semáforo. Hesitei por alguns minutos ali, apenas olhando para a mulher idosa, esperando que ela conseguisse passar. Quando percebi que estava hesitando demais, quase corri para ajudá-la - estava com medo de que ela ignorasse a minha ajuda, porém não custava tentar. Ela, ao contrário de mim, não vacilou segundo algum. A mão que estendi (falando um pouco alto demais por causa da poluição sonora: "vamos passar comigo essa rua?") foi agarrada com força e no mesmo instante pedi para alguns carros pararem. Passamos em segurança para o outro lado da calçada e ela, com um semblante feliz, agradeceu imensamente: "Obrigada, minha filha!". Melhor do que sua fala, de voz rouquinha e aveludada, foi ela pegando novamente a minha mão, e dando um beijo em sinal de gratidão.

Eu disse que não precisava agradecer e dei boa noite. Aí ela foi andando, lentamente, e eu recomecei minha jornada para a universidade. Não tardou muito para desatar um chorinho fino... Lembrei saudosa da minha  falecida avó, e pensei em todos os idosos que eu poderia ajudar, o mínimo que fosse. Percebi que se eu continuar na desordem e velocidade características da minha vida, raramente desfrutarei de momentos tão emocionantes e insubstituíveis como esse.

Quando estive em Curitiba (PR). 


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Diário de uma motociclista

Andar de motocicleta causa uma sensação ímpar! Seus cabelos ficam esvoaçantes, seu corpo se refresca com o ventinho e a adrenalina originada pela situação te causa um misto de temor e felicidade. A cada acelerada, a intensificação desse sentimento bom aumenta. Pelo menos é isso que venho sentindo nas últimas aulas! No início do ano, paguei à autoescola tanto por aulas de carro quanto de moto, em um ímpeto de pobre na liquidação. Como o valor da diferença das habilitações A e B era ínfimo, achei que seria mais vantagem aprender duas coisas em um período só. Acontece que na primeiríssima aula com o instrutor, fiquei totalmente petrificada diante da minha ignorância. Eu só sabia que o veículo era perigoso e tinha duas rodas. E só. Não sabia como ligava, dava partida, acelerava, freava, ou como se comportava em cima daquilo sem cair. Só para ter uma ideia: na primeira aula, eu passei uns quinze minutos tremendo literalmente. Estou tendo a sorte (ou azar) de ser ensinada por um instrutor mandão que adora repetir meu nome a cada segundo. Pode parecer chato, mas se o objetivo da aula é aprender algumas noções, está dando certo!  


Listei alguns conceitos básicos que assimilei, considerando o modelo da minha moto, o modo como ela estava configurada e a didática do instrutor. É claro que para fazer as etapas, você tem que ter mais de 18 anos, ter passado na prova teórica (acertar mais de 21 pontos), ter em mãos documento oficial com foto e o RENACH (Registro Nacional de Carteira de Habilitação), estar devidamente seguro com o capacete e demais acessórios e estar na presença do instrutor. Não vale a pena tentar sozinho em casa. Eis os passos:
  1. Subir pelo lado do descanso. Para a moto ficar paradinha, ela tem um descanso semelhante ao de uma bicicleta. Você deverá subir por aquele lado, geralmente o esquerdo, por medida de segurança.
  2. Puxar o guidom para si. Ele estará inclinado para o lado do descanso, desta forma você terá que puxar o guidom para si, deixando alinhado ao seu corpo que, até agora, estará em pé. Achei a moto muito pesada! 
  3. Posicionar-se corretamente na moto. Pode parecer bobo, mas você tem que saber a forma correta de sentar no veículo, pois isso influenciará no desempenho do equilíbrio lá na frente. Caso você sente muito na frente ou atrás, poderá exercer um peso que dificultará as manobras. 
  4. Apoiar pé direito no chão enquanto levanta o descanso. Você retira o descanso com o peito do pé e deve lembrar de colocar de volta com o calcanhar. Na hora, você verá que essa é a maneira mais fácil de fazer o processo.
  5. Ligar a moto. Girar a chave. Tem lá o intuitivo on/off, rs.
  6. Conferir se a marcha está em ponto neutro. Se no carro o título é "ponto morto", na moto você vê um painel mostrar um "N" bem grande esverdeado. A moto tem que estar nesse estágio para, em breve, ser colocada na primeira marcha e sair andando.
  7. Pressionar a ignição. A moto que eu andei tinha uma ignição que era um botãozinho vermelho. Observando o trânsito, notei que existe outro dispositivo que fica na altura das pernas, e aparentemente o piloto tem que fazer um movimento brusco para baixo para o motor começar a roncar. Achei o botãozinho mais prático.
  8. Segurar a embreagem. A embreagem está mais próxima da sua mão esquerda. Você terá que segurar o manete e fechar completamente na sua mão. 
  9. Colocar na primeira marcha. O seu pé direito tem que estar apoiado no chão, e o esquerdo, que é o do lado do descanso (normalmente), vai passar a marcha, pisando o pedal. Um clique para baixo é colocar na 1º marcha. 
  10. Fazer meia embreagem. Você vai soltando a embreagem devagarinho, até ela chegar na metade ou em um ponto que a moto ande. O próximo passo ajuda nesse processo. Se soltar demais, a moto "morre".
  11. Impulsionar a moto para frente com o pé direito. Na aula, o instrutor ensina a dar um impulso com o próprio pé para a moto andar, para que você não precise girar o acelerador (ele põe um pino para impedir que o aluno, nas primeiras aulas, gire o acelerador e chegue à China ou emergência).
  12. Equilibrar-se. Se os passos precedentes forem executados perfeitamente, você estará andando a pouquíssimos km/h. Alguém que já andava de bicicleta antes pode ter mais noção de equilíbrio.
  13. Frear. Era o que eu mais queria saber. Seria o SOS perfeito se algo desse errado. O freio estará ao alcance do seu pé direito. Você deverá pisar no freio e simultaneamente apoiar o pé esquerdo no chão, caso contrário, a motocicleta poderá cair sobre você.
As dicas para obter um bom desempenho e ganhar a 1º habilitação de moto são simples: o ideal é usar o mesmo veículo dos treinamentos e a mesma didática, se estiver dando resultado. E lá, naquele nervosismo, fazer tudo o que aprendeu, sem muita criatividade. Comprei sete aulas que duravam 50 min cada, estou achando que será suficiente. Analise o seu progresso e só eventualmente compre mais aulas.

É isso. Resolvi compartilhar o pouquinho que aprendi com vocês, com todas as limitações de uma autoescola, é claro. Percebo o quanto o nosso trânsito é caótico também por causa da falta de educação dos pilotos. Infelizmente na autoescola - e acredito que isso seja uma característica do país todo -, você apenas aprende a passar na prova do Detran. Não entendo como o país continua sem perspectiva de um futuro mais promissor, sem investir verdadeiramente em educação de todo tipo. Só esse ano, em Pernambuco, 71.462 carteiras de habilitação foram emitidas (do tipo primeira habilitação). Isso significa que, em teoria, mais de setenta mil pessoas já sabem dirigir. Decerto uma ilusão, já que você não é ensinado a se comportar no trânsito. É só visualizar as estatísticas assustadoras de morte do Estado para comprovar que algo está errado. A única movimentação que vi do governo foi criar o CEPAM (Comitê de prevenção aos acidentes de moto em Pernambuco). As ações incluem educação no trânsito, palestras educativas, fiscalizações e capacitações de equipes médicas. Acho a campanha bem apelativa, já que estampa fotos de acidentados que perderam os pés ou as pernas, por exemplo, nos acidentes. Causar medo e ensinar não são atitudes de mesmo significado para mim.

E vocês, já dirigem? Pilotam? Como foi a prova? Estou ansiosíssima!




terça-feira, 14 de agosto de 2012

Escadas e sonhos tortos

Tive mais um daqueles sonhos longos e complicados.

Sonhei que precisava desesperadamente comprar roupas novas - algo bastante verdadeiro, pena que tenho preguiça -, e a loja que fui, em um sábado de poucas pessoas no centro da cidade, tinha essa seção no 2º andar. 

Quando fui chamar o elevador, notei que estava quebrado. Ao contar os sonhos para alguns amigos, lembrei que elevadores não estavam in no livro O Elevador Ersatz, graças às crenças de Esmé Squalor e outros. Rapidamente procurei as escadas para concretizar meu objetivo fútil, e quando as achei, iniciei uma jornada sombria e confusa. O que era para ser uma alegre e rápida subida tornou-se um pesadelo. Havia toda sorte de escadas: longas, estreitas, em formatos de caracol e outros indefinidos. Chegar ao 2º andar nunca tinha sido tão difícil - pensava no sonho - e, apesar de parar algumas vezes para descansar e constatar que estava no caminho certo, a jornada estava ficando cansativa. Quando finalmente percebi que estava perto, e aquela sensação de "ufa, finalmente esse sufoco vai acabar" começou a formigar, me deparei com uma curva obrigatória que me levou diretamente ao fim da escada. A escada simplesmente acabou, lá no alto (senti que tinha subido muito mais do que apenas dois andares).

Caminho tortuoso que não levou a lugar nenhum.

Assim como o final desse texto, o sonho apanhou sentimentos densos de frustração. Minhas entranhas estão rangendo de agonia até agora. Também senti umas pitadas de injustiça percorrendo o corpo magrelo. 

Vocês também ousam sonhar?



Obs.: A foto foi tirada por Allan, no parque da Jaqueira, em Recife, no fim de uma tarde. Eu estava devaneando horrores.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Sambinha, opinião e mantra

Quem gosta da Mallu Magalhães deve ter visto o clipe que foi lançado ontem na web. O nome da canção é Sambinha Bom, e definitivamente esse é o título que a descreve perfeitamente. A melodia é aveludada, a vozinha dela acalma o coração, e a letra é apaixonante e ainda tem o bônus de ser daquelas que NÃO grudam como chiclete na nossa mente. Apenas fluem com facilidade e naturalidade. 


Apesar de essa música já estar na minha playlist diária (desde o lançamento de Pitanga, o novo disco da Mallu crescidinha), para mim o vídeo exagerou demais no uso de HDR, mas por outro lado serviu para dar uma realidade aos contornos da pele da cantora. O vestido de cores quentes e longas fitas (que lindinho!), misturado com o quarto repleto de plantas, contrasta muito bem com a versão enregelante que aparece na segunda parte do vídeo - ela fica parecendo um alien, rs. Com as imagens rolando, interpretei a música de uma maneira bem romântica, e devaneei sobre uma garota que não aguenta mais se lamuriar por alguém que ama e está longe, e por esse motivo, canta essa canção que, como mágica, faz voltar aquele que ela quer tirar a roupa, entre outras coisas. Na minha leitura, a apresentação da filmagem ora quente, ora fria, busca passar o sentimento de felicidade e tristeza de alguém apaixonado, de acordo com a presença ou ausência do famigerado ser amado, respectivamente. Aprecia aqui:


Confesso que costumava ter vergonha da Mallu quando ela era mais novinha, apesar de sempre ter gostado do seu canto um tanto débil e sereno. Fiquei com esse sentimento zombeteiro (e ridículo) após assistir a entrevistas no Altas Horas e no Programa do Jô, e vislumbrar aquela menina adolescente sem nenhum tipo de preparo diante das câmeras. Ela parecia eternamente demente e falava de um jeito devagar que me irritava. Algumas pinturas no seu rosto me faziam franzir o cenho e contorcer os lábios em desaprovação, sem mencionar aqueles trapos que eu não conseguia acreditar que ela estava vestindo.

Hoje enxergo o quão estúpida era, e que minhas opiniões eram baseadas em uma mente fechada, a qual não tolerava artistas menos robóticos e verdadeiramente autênticos. Esse assunto me lembra daquela máxima do filme O Diário de Bridget Jones: legal é gostar de alguém pelo que ela realmente é, a despeito de todas as características que podem ser vistas como defeitos por nós. Quando eu li o livro (há alguns dias), revi o filme em seguida e dei print nessa parte memorável. Gente, pelo amor de Deus, todo mundo já viu esse filme, right? Se a resposta for negativa, evitem o spoiler nas imagens abaixo:

Por causa da ordem dos prints, faz mais sentido assim: "Sim, gosto muito de você. Do jeito que você é."

De modo que optei por escrever sobre a música da Mallu pelo simples fato de gostar dela, do jeito que ela é (mesmo com seu semblante eternamente chapado, rs). Estou repetindo esse mantra cotidianamente para esperar menos das pessoas, pois estou percebendo que o nível de frustração com a vida e o cosmos diminui drasticamente. E aí, se a palavra exigência for usada, que seja exclusivamente para minhas próprias mudanças. Ou no job, é claro.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Dicas {infalíveis} para dores de cotovelo

Algum boy te deixou na mão? Damn it. But we can fix this! 


Em tempos de comunicação instantânea, você se abstém daquele ser frio e calculista que está distante e te causa mágoa em nove passos super simples:

1. Cancele as assinaturas do Facebook. Não importa se ele viajou para Paris e está super feliz com seus amigos. Não curta a indiferença dele para com você, com um like naquela foto que está perfeita, com aqueles traços maravilhosos e uma torre meio assimétrica de fundo.

2. Não fuce as demais redes como Twitter e Foursquare. A última coisa que você precisa saber é o que ele anda fazendo ou reclamando, ou por onde ele anda. Viu que ele foi naquele restaurante que vocês amavam ir? Ou naquele outro que você sempre pediu que ele o levasse? Não adianta, foi-se o tempo. Pare com a geolocalização, e a autoflagelação. 

3. Apague as mensagens do início dos diálogos carinhosos e aquelas que são top de linha e você mostrou a todas as suas amigas. Agora, a possibilidade daqueles textos sedosos serem verdadeiros é bastante remota.

4. Apague o número dele. Caso você tenha acesso aos 8 algarismos mágicos de alguma forma (infelizmente talvez você tenha decorado), naquela hora em que você estiver ébria de margaritas ou mojitos, seus dedos confusos discarão o destino sofrível e você dirá, de uma forma desconcertante, que o ama e quer a presença dele agora. Ele estará com a outra.

5. Não converse com o best dele. Você sabe que está fazendo isso só para saber como o dito-cujo está vivendo e amando a nova vida sem você. Seja mais do que isso! E assista a Friends imediatamente (a fim de tentar desanuviar)!

6. Apague as músicas que lembram dos momentos que vocês estiveram juntos, não importa o quanto você goste delas. Você não está em condições de relembrar bons instantes quando, na verdade, está sozinha.

7. Aproveitando o embalo: em hipótese alguma escute Adele. Sim, eu sei, ela conseguiu sucesso e dinheiro com suas dores de cotovelo. Mas é improvável que você consiga alguma grana com esse sofrimento todo.

8. Evite a praça que vocês costumavam sentar e ler juntos ou escutar as histórias maravilhosas ou revoltantes um do outro. Ele não quer mais contar pra você.

9. Diga sim a todas as festas que você for chamada (caso seja impopular, vale dar um search na noite da sua cidade e marcar presença mesmo assim), e mostre publicamente sua rotina avassaladora e divertida. Atenção: ninguém precisa saber que a cada dez confirmações, você foi apenas em uma, e só para levar sua irmã mais nova.

Em tempos de comunicação instantânea, as aparências importam muito mais do que a realidade, a qual revela você desajeitada, sem frequentar à casa de depilação, com a academia atrasada e exercendo piamente a moda zumbi.


(Descarte as dicas de um Alien afetado. 
A resposta para pessoas que não querem estar com você é simples: elas não são capazes de mensurar o quanto estarão perdendo com isso).

Nota da autora: A confecção e publicação de um texto humorístico, bobo e irônico desses foi fruto da vida adulta e conturbada dos últimos tempos. Se eu levar a vida mais a sério, vou ter um infarto aos vinte e um anos! Em respeito à minha sanidade e na tentativa de impedir uma morte prematura, publico meu primeiro texto de dicas infalíveis. O formato colunista foi possível graças às lembranças de Antonio Prata e suas interações com leitoras da Capricho do ano milenar. Alguém lembrou dele? Hahay. (Gente, não precisam se preocupar, eu não levei um pé na bunda do meu namorado - ainda.)

terça-feira, 26 de junho de 2012

De quando eu desa(ndei)bafei

Gente, I know, andei sumida! Queria agradecer a quem viu alguma qualidade no último conto que postei. Queria também agradecer aos omissos, que provavelmente acharam o texto uma inutilidade em um mundo já tão sofrido e optaram por não me ofender. Fiquei tão abalada com o sentimento que vomitei naquelas frases, que não consegui mais escrever. Espero que nem todos tenham me abandonado.

O projeto de 365 dias também está abalado. No dia 25 de maio comecei a desandar. A minha vida inteira começou a tropeçar depois desse dia mágico, e eu não tirei minha foto, como andava fazendo há meses - todos os dias. Foi uma coincidência com alguns problemas pessoais que ainda estou passando. Parei de tirar as fotos do projeto, a vida desandou. Acho coincidências engraçadas.

De modo que estou, com muita dificuldade, teclando no meu notebook pago à vista, enquanto penso em algo legal para dizer. Só mais um minuto, eu juro. Huuum, será que não sobrou nada?

O que acontece quando a sua vida toma um rumo totalmente novo (entenda novo como estranho, temporariamente triste e incomum)? Tudo o que você conhecia não era verdade, era só fruto da sua ingenuidade e inexperiência de vida? E, claro, da sua imaginação? O que acontece quando você é sugado por alguma força que te obriga a pisar os pés nus no chão gelado?

Ando com uma mente monotemática, sensível e extremamente hopeless. Algo me diz que se eu não mudar alguns - ou todos - hábitos, vou cair em um poço fundo e sem volta. 

Enfim, estou lendo O diário de Bridget Jones, de Helen Fielding, e ela costuma arrancar algumas risadinhas minhas, a despeito dessa tsunami. Todo mundo deveria ler essa palhaça! Olha um trechinho:

"Ai, Deus. Como Tom sempre diz, numa voz sepulcral, colocando a mão no meu ombro e olhando nos meus olhos de um jeito apavorante: "Só as mulheres sangram.".

Prometo tentar multiplicar meus sorrisos em breve. E postar, rs.


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Desejo e caos


Houve um dia em que tudo o que eu conhecia simplesmente desmoronou. Após as conversas esclarecedoras de ambas as partes, senti a dor devorar o que tinha dentro de mim, e a vontade súbita que tive foi de cometer alguma besteira suicida. Estava pela primeira vez em tantos anos de maturidade tendo desejos de morte, algo que eu sempre considerei o cúmulo do egoísmo.

Aconteceu rápido, e as revelações duraram 24 horas. Foi algo clichê, digno da famigerada e odiada novela interminável Malhação: o melhor amigo e minha mulher transando enquanto eu viajava. Meus amigos machistas irão rir de mim, já posso escutá-los nitidamente. 

Quando voltei da Inglaterra, ainda maravilhado com o frio e todas aquelas pessoas bonitas, com muitas roupas devido ao clima e tantos lugares extraordinários para se ver, fui recebido pela garota dos meus sonhos. Ela estava lá, linda como sempre, de cabelo preso em um coque - devido ao calor da minha cidade -, com as franjas desfiadas cobrindo um pouco os olhos cor de mel. Estava distraída, e sua boca vacilava um pouco. Decerto estava estranha. Apesar disso, minha alegria em compartilhar as histórias da jornada britânica nos envolveu em diálogos, e logo ela estava sendo ela mesma de novo. 

Rimos e caminhamos juntos à saída do aeroporto. Ela tomou a atitude de dirigir, apesar de não gostar muito, visto que eu estava cansado das treze horas de voo e pela hora da madrugada - eram 2 horas da manhã. Não me olhou nos olhos sequer uma vez.

Quando chegamos à nossa casa, havia uma refeição dedicada a mim. Ela não gostava de cozinhar, então a comida era realmente uma forma de demonstração de amor. Puxei-a com um rápido movimento e a acolhi em meus braços. Demos um beijo longo e amoroso, aquele que só ela poderia me dar, considerando a lista imensa dos outros relacionamentos que já tive. 

Não foi além disso, para minha frustração. Eu já estava começando a ficar excitado simplesmente por estar novamente com ela, talvez pelas duas semanas que estive fora, mas ela começou a se afastar de mim. Disse que precisava contar algo que tinha feito na noite anterior. Eu não imaginei que fosse tão grave pois não esperava isso dela. Marília tinha uma característica forte em ser comedida, e passiva. Não costumava tomar atitudes e não tinha precedência parecida com o fato revelado: havia transado com meu melhor amigo na noite passada.

Permaneci estupefato por longos minutos. Apesar de eu ser bastante falante normalmente, ali me encontrei em uma situação nunca antes vivida. Não consegui falar uma palavra. A cultura infernal do corno nunca havia me atingido, isso não era o maior problema, pensei. Tive que escutar Marília afirmar que não tinha sido nada, que não estava apaixonada, e que ainda me amava, etc. Mencionou o estado alcoólico em que estavam, e que isso tinha dado coragem a ambos. Mas o maior problema foi a surpresa: eu não esperava algo assim nem em mil anos, sobretudo deles, especificamente.

Conhecia ambos, trocava confidências. Eu estava há quase sete anos com Marília e a amizade com Pedro tinha lá seus três anos, se não me falha a memória conturbada com os acontecimentos recentes.

Sempre fui um solucionador de problemas mas, ali, estava encurralado com meu silêncio. As lágrimas rolaram sobre meu rosto, e eu chorei baixinho, enquanto Marília dizia coisas confusas e inacreditáveis. Acabei resgatando meu lado ruim: insegurança. Quando finalmente consegui falar, pedi os detalhes da transa. Ordenei, em resposta ao que tinha acontecido. Eu merecia pelo menos alguns esclarecimentos, e na hora, julguei interessante me martirizar um pouco mais, sabendo que Pedro havia tocado nos longos cabelos - e certamente em outros lugares - da mulher que eu planejava casar e até ter filhos (quebrei paradigmas com ela, já que era tão sensacional. Até os 25 anos tinha plena certeza de que seria um Don Juan eterno. Ela entrou na minha vida para mudar tudo isso). Fui baixo e quis saber detalhes da penetração, se tinham feito sexo oral e anal. Marília soluçava e por vezes relutava, mas eu pedia cada vez mais detalhes de toda essa merda. Eles destruíram minha confiança, eu não sabia o que fazer sem ela, eu não conseguia enxergar um amanhã sem a sua presença. Infelizmente eu era assim, perdidamente apaixonado. E depois de saber daquilo, não consegui permanecer numa linha de pensamento claro e racional.

De supetão, deixei ela falando sozinha e saí da sala, com a visão um pouco distorcida pela quantidade de lágrimas que insistiam em continuar existindo. Peguei as chaves do carro e corri em direção à garagem. Saí cantando pneu e incomodando a vizinha chata, que odiava quando eu fazia isso. Hoje eu tinha uma razão mais do que justificável, senhora.

Em poucos minutos, devido à velocidade altíssima que arrisquei, cheguei à casa de Pedro, e quando ele abriu a porta entendeu tudo. Começou a pedir desculpas enquanto eu invadia sua casa. Pedi também detalhes de tudo o que tinha acontecido, e ele repetia diversas vezes que estava arrependido, e que faria qualquer coisa para ter a nossa amizade de volta. Eu não podia acreditar que ele faria algo assim comigo. Marília era bem ciumenta, e eu sempre tive amizades confusas. Talvez ela tivesse algum motivo... Mas o Pedro? Ele sempre fora tão puritano que me dava raiva. Não arriscava demais e era comedido, racional. Transou com a minha mulher enquanto eu trabalhava viajando. Dois filhos da puta que eu amava.

Quando ele detalhou que, após terem transado, tinham ficado longos minutos abraçados na cama, pulei em cima dele e bati até perceber a idiotice que estava cometendo. Ele não revidou, e do seu nariz brotou muito sangue, acho que finalmente utilizei bem aquelas aulas de boxe que fiz mas larguei em pouco tempo, por preguiça.

Fui até a casa do Pedro para escutar da boca dele a merda toda. E, além de confirmar, deu os detalhes que Marília supos achar melhor omitir, para assim me proteger. 

Saí novamente de forma súbita, e entrei no carro. Comecei a dirigir para bem longe enquanto ouvia, já baixinho por causa da distância, as desculpas de Pedro. Enfia essas desculpa no cu, pensei.

Apesar de eu compreender os dois, pessoas brilhantes e, por isso, mais do que normal ter acontecido um sexozinho descompromissado, não conseguia conceber isso vindo logo deles. Enquanto passava alguns sinais vermelhos, já que estava de madrugada, estava absorto, com os pensamentos desenvolvendo-se como um filho dentro do ventre da mãe. Minha ideia era mórbida, mas parecia uma solução bastante razoável para o momento. Eu tinha desacreditado em tudo há poucos minutos, e minha esperança no mundo havia sido assassinada com aquelas duas pessoas fazendo algo totalmente surpreendente e negativo para mim. Eu não merecia mais viver.

Sei que soa bastante desagradável, e sobretudo doentio. Além do mais, eu também tinha minha família, apesar de não vê-los há alguns anos. Pensei em como os caras do trabalho iriam se referir a mim: "Aquele puto foi um covarde, acabou com a vida por causa da mulher e do amigo", ou alguns, aqueles merdas preconceituosos, iriam logo me chamar de "viado", com algo na linha de "Aquilo dali era viado. Se matou pelo motivo de a mulher que ele comia, e o cara que comia o cu dele, terem se divertido com sua ausência".

Enchi-me de especulações acerca do que aconteceria se eu não estivesse mais aqui. O telefone tocou, e era o Pedro, e trinta segundos depois o outro, o do trabalho, chiou irritantemente: era Marília, só ela sabia desse número, salvo o pessoal da empresa e meus clientes.

Distraí-me ao olhar ambos tentando estabelecer um contato comigo e, instantaneamente, joguei os celulares pela janela. Foi algo estúpido de se fazer, pois a porra de um deles era um Iphone. Quando se está nervoso, coisas ruins podem acontecer. 

Continuei minha viagem e acho que cochilei uns instantes, pois o carro me assustou umas três vezes e eu quase consegui realizar minha ideia fúnebre. Estava dirigindo sem rumo, quando decidi voltar tudo de novo e me despedir de Marília. A outra solução que achei foi um pouco mais coerente: me afastar dela. Terminar tudo o que tínhamos construído. Devolver a porra do anel que eu estava me preparando para dar. Em nenhum momento eu parei de chorar, isso faz de mim uma garota? Não, seu machista de merda. Eu sou muito homem para não fazer nada com eles, com exceção de umas porradas que o Pedro mereceu, e sair da vida dos dois. Acho que estou atrapalhando. Porra, que insegurança.

Estava quase chegando à nossa casa, e nesse instante a madrugada, de uma hora para outra, ficou com uma neblina estranha. Fiquei com frio, a despeito de isso ser raro aqui nessa cidade infernal e quente. Eu estava triste e muito cansado, afinal já tinha passado das cinco horas. Ainda estava muito escuro.

Encontrei-a sentada na varanda, com o celular no colo, as mãos no rosto. Chorava freneticamente, balançando o corpo de forma ritmada. Sempre odiei vê-la chorar, dava mais vontade ainda de continuar com meu dilúvio. Que merda, Ma. Como pôde fazer isso comigo? E nosso filho, que teria o seu nariz, a minha boca, e nossa inteligência? A gente iria ensinar o pirralha a escutar os clássicos do rock mundial, a gente já iria incentivar o aprendizado de línguas, de instrumentos, de teatro. Você lembra disso, Ma?

Eu listava todas as nossas perspectivas aniquiladas, e ela escutava chorosa, mas em silêncio. Não rebateu vez nenhuma minhas palavras. Levantou-se e passou direto por mim, sem dar atenção. Eu fiquei puto. Ela fode com meu amigo e não consegue escutar o meu desabafo? Corri atrás dela, gritei bobagens e continuei a indagar se o pau do Pedro tinha mais sabor do que o meu. 

Ela continuou calada, e só conseguia chorar. Eu acabei me descontrolando e ordenei, xingando-a, que ela olhasse em meus olhos, pelo menos uma vez depois disso, mas ela ignorou. Percebi que tinha sido muito cavalo, e pedi desculpas pelas palavras usadas. Era estranho, na verdade parecia que ela não estava me ouvindo direito. Talvez fosse o transtorno de estresse pós-traumático que se abatera ali, sobre Marília. Aproximei-me dela e sussurrei que a deixaria, mas que nunca sentiria um amor igual na minha vida. Ela retribuiu as palavras, fazendo uma imitação do que eu dissera.

- Meu amor por você é irrevogável, Vitor. Tenho certeza de que nunca sentirei algo assim por ninguém.

Nesse momento, Marília deu um sobressalto pois o celular tocou estridentemente. Agora já era de manhã, e os pássaros da frente cantarolavam alegremente, apesar de estar um clima terrível em casa. Bando de pássaros sem coração.

Marília se jogou no chão de um jeito estúpido após ouvir alguma coisa no telefone. Claramente machucara o joelho esquerdo, e talvez por isso urrava de dor. Nunca tinha visto uma pessoa tão triste na minha vida. Sempre achei Ma um pouco dramática demais, e aquele joelho não deveria ter quebrado ou coisa parecida para estar daquele jeito. Ela começou a falar coisas sem sentido e eu fiquei confuso. Dizia, aos prantos, quase de forma ininteligível:

- Não pode ser! Não é verdade! Ele não pode fazer isso comigo! Ele não pode se vingar desse jeito! Eu nunca vou perdoá-lo...

Eu comecei a compreender. Mas isso não podia estar acontecendo. Eu parecia não estar mais conectado àquele lugar... Senti-me estranho, com náuseas nunca experimentadas antes. Não podia ser. Tentei lembrar do que tinha feito, mas comecei a me distanciar dali, em mente. Algo muito forte direcionou meus pensamentos para o momento em que devo ter cochilado no volante. Eu comecei a sentir uma leveza insustentável e, de uma forma singular, senti que estava desaparecendo...

06:19
Alô? Senhora Mariana? Bom dia, infelizmente tenho uma notícia ruim. Você está com alguém aí? Você tem familiares? (...) Seu companheiro sofreu um acidente terrível. Não houve nem tempo de ser hospitalizado, o impacto foi muito grande. É provável que tenha cochilado na direção e seu carro se chocou com outro, que ultrapassou o semáforo vermelho. Não encontramos sinal do outro motorista, que aparentemente fugiu sem prestar socorro, mas estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance para puni-lo. Sinto muito pela sua perda.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Meme atual de um Alien

Vivi até hoje para receber meu segundo meme! Uma das melhores sensações que tenho é quando alguém lembra de mim. Sou dessas. Obrigadíssima, Carolina. Aproveitando a alegria que você me deu, ao me indicar, preciso salientar que adoro o que você escreve e compartilha com o mundo. Indico de todo o coração esse sweet blog.

Pois bem, o meme é bem curtinho. Só precisei preencher as lacunas sendo coerente comigo mesma. E, infelizmente, o momento não está dos mais jocosos. Optei por manter as mesmas frases, não por preguiça, mas por serem bem generalistas e, por isso, mais rápidas de serem respondidas. Também adicionei algumas fotos que ilustrassem as frases.

REGRAS
  • Completar todas as frases.
  • Repassar o meme para 5 pessoas e avisá-las sobre.
  • Ao repassar as frases, você pode optar por manter as mesmas ou inventar outras.

{Frases}
01) Sou muito _____________________.
02) Eu não suporto ___________________.
03) Eu nunca ________________________.
04) Eu já ___________________________.
05) Quando criança, eu _________________.
06) Neste exato momento, eu quero mesmo é _________________.
07) Eu morro de medo de _______________________.
08) Eu sempre __________________.
09) Se eu pudesse, ______________________.
10) Fico feliz quando _________________________.
11) Se pudesse voltar no tempo, eu ____________________.
12) Adoro assistir a ____________________.
13) Quero aprender _______________________.
14) Eu preciso ________________________.
15) Não gosto muito de ___________________. 

{Minhas respostas}
01) Sou muito imatura.

Essa fotografia foi um autorretrato kinda ugly

02) Eu não suporto surpresas ruins.
03) Eu nunca achei que sofreria tanto por culpa de pessoas queridas.
04) Eu já fiz um monte de besteiras.
05) Quando criança, eu era uma das pessoas mais felizes de todo o mundo.

Essa aqui foi mamãe ou papai que tirou. Olha o tamanho dos dentes de um Alienzinho, haha. Meu cabelo era enorme! E essa franja cortada toda errada? Vibe hipster aos 6 anos, do you know?

06) Neste exato momento, eu quero mesmo é superar problemas da melhor forma possível.
07) Eu morro de medo de perder pessoas importantes por fatos desimportantes.
08) Eu sempre quero tentar resolver as coisas.
09) Se eu pudesse, faria tudo ficar bem.
10) Fico feliz quando as pessoas lembram de mim de uma forma amável.

 Foto tirada por Allan.

11) Se pudesse voltar no tempo, eu não teria me envolvido com um monte de gente insignificante que me fez sofrer. 
12) Adoro assistir a filmes que criam novos pensamentos na minha vida, nem que sejam só por alguns dias.
13) Quero aprender a superar os baques da vida.
14) Eu preciso de pessoas que me amem e demonstrem isso.
15) Não gosto muito de ficar parada.

{Minhas blogueiras indicadas}

Dessa vez, diferente do meu primeiro meme, tive que fazer uma forcinha para uma seleção de apenas 5 blogueiras. Apesar de existirem mais, resolvi listar as meninas abaixo, e digo o motivo logo em seguida. Olha só quem são:
  • Isabella. Essa garota desenha, cria roupas, marca-páginas, quadros, pulseirinhas e ainda ensina para a gente! Também escreve o que sente e é engraçada. Gosto da Isabella. Ah, ela tem uma lojinha, viu? E o nome do blog dela é, por si só, uma felicidade: Strawberry Fields. Eu completaria com Foreveeeeer.
  • Gabriela. Escreve muito! Desde contos a postagens de fotografias e o que quiser, e é isso que eu amo na Gabriela. Um destaque são as descrições dos marcadores. Sempre acho genial (e engraçado).
  • Roberta. Gosto muito da forma como essa menina escreve, de um jeito tão maduro e bom de ler, inteligente, sagaz. As resenhas que faz de livros e filmes são muito ricas. Não tenho certeza de que ela participará desse meme, não vi nada parecido e, por isso, talvez o conceito do Brisa de Palavras não comporte esse tipo de postagem.
  • Camila. Comecei a lê-la recentemente. A sonoridade do nome do blog é deliciosa, Não me mande flores, e o motivo é melhor ainda. Segundo Camila, é para incentivar o incomum, o original. A autora é daquelas que adoram dividir dicas bem legais sobre assuntos interessantes. 
  • Danni. Blog novo na área, meninas! E eu aposto muito em você, Danni. Simplesmente me apaixonei pelas fotografias dessa publicitária. Inclusive os  favoritos do meu flickr estão repletos das fotos dela. 

Espero que vocês gostem da experiência de saber as próprias respostas que completam aquelas quinze indagações. Como vocês devem ter percebido, estou passando por maus bocados. Uma coisa boa nisso tudo é que a inspiração para criar histórias melancólicas e desafortunadas vem à tona, e os contos começam a reaparecer (tem que ver o lado positivo de tudo, não é mesmo?). 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Sobre setenta e duas fotografias alienígenas

Quando você gosta de algo, e se compromete, você consegue alcançar os objetivos preconcebidos. Pelo menos essa é a conclusão que eu tiro acerca do andamento do meu projeto fotográfico.

Por incrível que pareça, o desejo de chegar às 365 fotos, em 1 ano, continua de pé. Se eu não for atropelada até lá, acho que consigo, pois apesar de dar um pouco de desânimo naqueles dias cheios de deadlines, há uma beleza tão grande em fazer o que te faz bem que, mesmo morta de cansada, suspendo os 560 gramas da bebê profissional, se estiver em casa ou local seguro, ou tamborilo nos dedos, com facilidade, a menorzinha das duas criadoras de imagem que tenho, com atenção para não ser assaltada em Recife - algo, infelizmente, bastante comum.

É interessante você, depois de algum tempo, visualizar a evolução do seu trabalho. Nesse caso específico, pude perceber que quase cancelo o projeto por vergonha de não ter me empenhado em alguns momentos. Para mim, a dificuldade do projeto é o comprometimento de fotografar diariamente (pelo menos essa foi a promessa que fiz a mim mesma, não quero quebrar), e por isso, nem todas saem do jeito almejado. Umas eu publiquei quase morrendo, tudo em respeito ao conceito do carpe diem fotográfico.

Decerto gostei de algumas, afinal, o projeto ainda está rolando, e por meio das que apreciei, aprendi um pouco mais sobre mim mesma. Percebi as cores que mais enchem meus olhos de beleza, as composições que acho bem feitas e minha paixão paradoxal tanto por simetria, quanto por desordem total. 

Houve, ainda, a percepção da vantagem impagável de imaginar um mini filme da minha vida. Vendo as setenta e duas fotografias alienígenas, tive impressões dos acontecimentos que achei importante no decorrer do dia, na hora em que tive que escolher qual foto publicar.

Por enquanto é só. Continuo lendo as Dicas de Fotografia, estou fazendo umas pesquisas para comprar livros práticos e de leitura simples e dinâmica sobre o assunto, e sempre que dá, tento trocar uma ideia com amigos que se interessam por isso. A Gabe, por exemplo, é uma estudante de fotografia fofa que às vezes manda uns materiais bem legais para meu e-mail. 

Fiz uma seleção de quase três meses do projeto, e das 72 fotos, 27, as que mais gosto, aparecem aí embaixo. Dividi em categorias e não há ordem cronológica:

Shows

Em menos de três meses, assisti ao ensaio de um célebre pernambucano talentosíssimo e, de quebra, vivenciei o espetáculo de um Beatle. Fase sortuda!

 {2}
 {41}

Céu

Fico arrepiada com a natureza, em especial com aquele espaço acima do horizonte. Essa minha fase bucólica é recheada de onomatopeias como oh! e ah! que antecedem as fotografias. Geralmente acontece assim: estou absorta em minhas tarefas e, do nada, o céu arrebate meus olhos e eu percebo que o mínimo que posso fazer, além de contemplar aquela paisagem singular, é roubar um pouco do momento e compartilhar no mundo virtual (e, em breve, no meu quarto, quando eu revelar). 

 {24}
 {33}

Comida (ou o expressivo neologismo: "nhamy!")

Eu amo comer. Grande parte da minha grana vai para as refeições sagradas. Eu não tenho muitas fotografias boas relacionadas a essa categoria, pois é difícil se concentrar fotografando o antes, já que a minha barriguinha começa a se irritar com a demora do processo.

 {4}
 {53}

Gente

Eu gosto de gente. Gosto mais ainda de quem gosta de mim. Pode parecer estúpido, mas esse trecho em itálico é o início de conversa que tenho sobre essas fotos. Foram escolhidas pela estética e pelo calor do momento da fotografia. Acredito que fotos podem captar não apenas imagens, mas também sentimento. E foi isso que tentei demonstrar. Eu amo todas essas pessoas exatamente no momento dessas fotografias. Fui feliz com elas. O presente, no entanto, não condiz com todas as fotos. E essa inconstância é a premissa da vida. O que nos resta é viver, right?

Ah, através dessas fotos, percebi que gosto de fazer cortes na hora de captura. Uma testa, um olho, uma orelha ou um nariz acabam saindo da composição da foto pelas minhas mãos magricelas.

{51, 36, 12, 16, 21 e 9, seguindo a ordem da esquerda para a direita}

Coisas/sensações que gosto

Gosto do cinema e a magia transcendental trazida por ele. E essa foto (confesso ter sido a que mais gostei das que tirei) só foi possível pelo motivo de eu ter uma mania meio besta: ser a última a sair, de toda sessão. Nesse dia, assisti a Hugo, de Martin Scorsese, filme bastante premiado no Oscar 2012. Dois, dos cinco prêmios, foram de Melhor Fotografia e Melhor Direção de Arte.
Relógios que não apenas dizem as horas, mas também são bonitinhos;
O frio que a chuva traz, e a beleza das gotinhas;
Ganhar presentes feitos à mão;
Ler, de preferência no friozinho, um livro atraente.

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  {35}

Autorretratos

Para mim, são os mais difíceis. Como ainda não tenho tripé, complica bastante. Utilizo CDs e livros para deixar a câmera mais alta, mas corro o risco de ser atrapalhada e derrubar tudo. Ativo o timer em 10 segundos e faço a pose que pensei. Tranco a porta do quarto para ninguém entrar de supetão e eu parar, por ficar com vergonha, haha. A maioria das fotos foram tiradas à noite (único horário em que estou relativamente livre). Estranhamente gostei um pouco dessas:

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E vocês, também estão envolvidos em algum projeto?

Post scriptum: Todos os dias lidamos com críticas, e isso é normal, é para nos ajudar a melhorar. Mas aprendi a lidar com os haters há pouco tempo: não importa o que você faz, eles continuarão hostis. Veja a dica do gatinho:


© Escreva carla, escreva
Maira Gall