Sabe qual é a sensação de fazer pela primeira vez alguma coisa que você sempre quis? Senti isso quando viajei sozinha para Curitiba, em julho deste ano. Recebi a oportunidade de desempenhar meu job lá no Paraná. Nunca tinha pisado no Sul do país, e sempre invejei o frio que faz por aqueles cantos. É claro que aceitei em milésimos de segundo! Foram só alguns dias, de quinta-feira até domingo: o bastante para recuperar a minha sanidade e vontade de viver, já que Recife e seus cidadãos, na época, estavam sufocando meu coraçãozinho.
Foi uma experiência maravilhosa e por isso indico muito: viaje, nem que seja forever alone. É um baita remédio para a alma. E também aceite desafios sem pestanejar. Foi o que fiz: apresentei, pela primeira vez, o trabalho que venho fazendo apenas nos bastidores. Conheci meus importantes clientes e mostrei para eles meus conhecimentos de social media. Entendi mais o que eles esperavam de mim, da minha empresa. Conheci mais de mim mesma: o nervosismo ficou de lado quando falei de algo que fazia todos os dias e gostava muito. Respondi a dúvidas, ri com alguns achados do job e saí de lá morrendo de vontade de trabalhar mais ainda pelo que acredito.
A noite de sexta-feira, o sábado e a manhã do domingo foram os dias de turismo. Parecem poucos dias, mas com passeios planejados e otimização do tempo (para quê dormir mais de cinco horas, afinal?), tudo pareceu correr bem. Saí de lá pois era preciso, voltei para Recife com felicidade de reencontrar alguns amados. Tipo aquela célebre citação que é um filme: "viajo porque preciso, volto porque te amo". Isso nunca pareceu se encaixar tão bem no contexto daquele final de semana incrível com pessoas inéditas.
Não tirei tantas fotos quanto gostaria, mas fiz uma seleção da viagem para vocês verem. O que mais me impressionou em Curitiba foi o planejamento de arborização da cidade. Fiquei completamente apaixonada pela limpeza das ruas, organização dos ônibus e demais serviços, e o verde que o lugar emanava a cada esquina.
A dica para quem quer conhecer os principais pontos turísticos é pegar a Linha Turismo. Com ela, é possível conhecer os parques, praças, teatros, museus e demais atrações. Lembro que fiquei apaixonada pela Ópera de Arame, o Museu Oscar Niemeyer e o Jardim Botânico.
Meus momentos mais solitários: viajar no avião, conversando com estranhos que provavelmente nunca mais verei na vida, e devorar um café da manhã digno para um dia diferente de trabalho.
Essa foi a dica do meu cliente super fofo que almoçou comigo e com minha chefa. "The best burger in the world" é ousado no slogan, e tem realmente um sabor delicioso (e nem é tão caro).
Pedacinhos do hostel que fiquei hospedada. Pimentinhas crescidas e quadrinhos bem feios na descida das escadas.
Alguém está vendo alguma coisa ali dentro? Esse é o chopp submarino, tomei lá no Schwarzwald - Bar do Alemão. Tem um canequinho ali, e no dia perguntei ao garçom se podia levar comigo. Ele foi bem sucinto e mandou olhar embaixo do canequinho, nem deu muita atenção. Estava escrito: "Este caneco foi roubado honestamente.". Morri de amores por esse lugar.
Museu Oscar Niemeyer: espetacular. Quero voltar milhões de vezes!
Filho sendo abduzido no Jardim Botânico.
Essa florzinha amarela se chama amor perfeito. Sabia que encontraria um dia!
Uma das impressões que tive durante a viagem foi a demonstração inusitada de amor de algumas pessoas. Algo paradoxal: estou sempre aqui, nas ruas do Marco Zero, em casa fazendo home office, ou na faculdade. Quando viajo, eis que aparecem manifestações de amor puro - o que não ocorre com frequência na situação Aline no Recife. Sei que é extremamente corriqueiro mas, que tal colar na parede do quarto "é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã."?
Em suma: indico viagens, Curitiba e chopp geladíssimo.
E muito amor para quem merece.